- Área: 357 m²
- Ano: 2017
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Fotografias:Prasanth Mohan, Running Studios
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Fabricantes: Asian Paints, Saint-Gobain
Descrição enviada pela equipe de projeto. Devido à rápida urbanização e gentrificação das cidades indianas, as tipologias arquitetônicas e de construção das casas tornaram-se cada vez mais estereotipadas com base nas tendências que prevalecem localmente, perdendo assim a sua ligação com a vizinhança e a natureza. Esta casa está localizada em um denso bairro residencial de Coimbatore, numa típica quadra residencial. O projeto tenta criar diálogos entre a casa e seu bairro e os espaços intermediários: o construído e o não construído. Internamente acontece o diálogo dos habitantes com os espaços.
A casa está afastada da rua, trazendo a paisagem para uma rua congestionada, fazendo a casa ser perceptível num piscar de olhos. Cada uma de suas funções é definida por volumes individuais que, em seguida, são torcidos, empilhados e intertravados, criando espaços que se sobrepõem espacialmente e convergindo os ângulos para um ponto onde o espaço interno encontra o externo. Os espaços formados pelos ângulos irregulares permitem que os habitantes usufruam do mesmo espaço sempre de maneira diferente, fazendo com que os componentes da casa estejam em constante transformação, definindo o estilo de vida.
A torção do bloco central cria um pátio em torno do qual o resto dos volumes estão articulados. O pátio une visualmente todos os espaços e, portanto, torna-se justamente a casa da divindade (sala de Pooja), na ideia de ter o olhar divino sobre a casa. Uma parede de madeira de 4,87 metros de altura forma um pano de fundo em torno do qual a sala de estar e as escadas apresentam volumes contíguos.
Claraboias sobre os espaços proporcionam um movimento constante da luz ao longo do dia, proporcionando diferentes atmosferas e experiências. Madeira natural, madeira carbonizada, forro de concreto aparente com tons escuros e rústicos são equilibrados por paredes brancas e vegetações. Uma fusão de formas, volumes, luz, paisagens e novos territórios cria um ambiência para a descoberta e a experimentação à medida que o tempo passa.
Duas ilustrações colocam o projeto em ambientes contrastantes alterando a relação com suas proximidades em cada cenário:
1. A primeira ilustração traz o projeto em seu contexto urbano atual e os diálogos que cria no tecido urbano. A quebra do padrão repetitivo adiciona uma nova camada de complexidade à localidade e ao seu contexto.
2. A segunda ilustração é o projeto em um contexto surreal isolado, com a silhueta natural da cidade formando o pano de fundo e negando a complexa malha do contexto urbano, impulsionando projeções numa escala maior.